sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

GO.338 e a Serra do Quebra Rabicho

Cada vez mais eu adoro o centro-oeste. É o lugar onde as paisagens tiram o fôlego das gentes.

GO.338

Dessa vez, passei por uma estrada absolutamente estonteante. O trecho da GO.338 de aproximadamente 50 km entre as cidades de Abadiânia e Pirenópolis é um dos mais bonitos que já vi por aqui. Aliás, está em excelente estado de conservação.  

GO.338 


Essa estrada corta a Serra do Quebra Rabicho e tem várias fazendas de criação de gado, plantação de milho e seringueiras. O Patolino curtiu o passeio 
;-)




GO.338


GO.338


Quero uma terra para viver, criar, plantar e colher bem aqui. Uma que inclua exatamente esse pedaço de grama aveludada...








  








Cruzar essa estrada é se sentir ao mesmo tempo mais perto do céu e da terra. Mais uma prova de que Pirenópolis é mágica!


GO.338
Sol e Chuva, casamento de viúva
GO.338
Chuva e Sol, casamento de espanhol

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

corpo como limite

como última resistência,
um corpo a mim foi imposto
e ainda que a contra gosto
tento cooperar 


volume e peso, forma e tamanho,
qualidades que pioram a jornada
já tão atrapalhada
mais pareço não sair do lugar


de manhã, o desânimo me visita
a tarde é a vez da dor 
pela noite, chega o horror
e já não consigo respirar


angústia com letra minúscula,
para não ter de encará-la tão cedo
sim, sim, parece puro medo
covardia no corpo a se manifestar


sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Corta! Não corta! Corta!



"Lightning over water" - Nicholas Ray + Wim Wenders - 1980

The most beautiful honor that a man may receive is being allowed to do what he loves till his last minute of life. This touching movie is not sappy at all. Brave Nick! Brave Wim!

 

"Experiencing death without dying, it seems to be a natural goal to me " - N.R. 

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ah... quanta saudade posso suportar?
Povoa o que sou, faz o corpo doer.
Palavras já não dão conta
Paralisia mental que me impede de escrever
Nostalgia rima com melancolia,
mas de pressão intermitente
Só sente o incompetente 
em lidar com esse mundo
Basta de não ser o bastante!
Pare por aqui por enquanto!
Por favor...

sábado, 8 de outubro de 2011

Um olhar sobre MVD

Uma semana em Montevideo. Esse é foi o tempo que tivemos para curtir a cidade e ganharmos uma parte do astral uruguaio para levar para casa. Vou dividir aqui com vocês um pouco das lembranças que trouxemos de lá:



Caminhando pela Rambla

Montevideo é uma cidade muito agradável que favorece a exploração a pé. Caminhar, caminhar e caminhar! Utilizamos ônibus e táxi para distâncias mais longas sem dificuldade e sem a sensação de insegurança de quem explora capitais. O povo de lá, sempre muito cordial e simpático, mostrou disponibilidade para dar informações e dicas a qualquer momento. De todas as caminhadas, o passeio pela rambla de Punta Carretas a Pocitos foi o mais bonito. Na presença do sol, a margem uruguaia do rio da prata ficou ainda mais interessante, lotada de passeadores de cachorros e atletas se exercitando enquanto carregavam seus mates debaixo do braço. Uma pincelada da tradição dos Pampas na capital.  


matambre con pure de papas
Os amantes de carnes não podem perder a chance de ir pelo menos uma vez ao Mercado del Puerto para se deliciarem com a parrillada de lá. É entrar, escolher um balcão para sentar e pedir. Qualquer um mesmo, porque são todos saborosos (experimentei mais de um para poder dizer isso, claro). As porções são bem generosas e pesadas, portanto, um almoço lá é mais convidativo do que um jantar. Morcilla de entrada, seguida por um matambre recheado com legumes, o mais delicioso corte de porco, acompanhado de um purê de papas e regados a uma (só uma!) Patricia, são capazes de provocar orgasmos gastronômicos em mim. 
Ok, eu assumo o fanatismo!
Patricia

Ainda sobre a gastronomia local, ir a MVD e não provar seu tannat é quase um ultraje. Que tal prová-lo depois da visita guiada a uma bodega boutique ali na cidade mesmo? Foi o que fizemos e super recomendamos. A visita guiada e o almoço na Bodega Bouza, http://bodegabouza.com/, foram pontos altos dessa viagem. Lugar lindo, comida divina, vinho excelente: uma experiência para repetir outras vezes! Vale lembrar que é necessário agendá-los previamente e reservar um tempo maior para esse passeio, pois ela fica numa parte mais afastada do centro da cidade.

Bodega BouzaTannatBodega Bouza





Cala di Volpe
Tem como não relaxar com uma vista dessas?

Depois de tanta comilança, só mesmo descansando no hotel. E aí entra a dica daquilo que nos surpreendeu mais positivamente nessa viagem: o boutique hotel Cala di Volpe,  http://www.hotelcaladivolpe.com.uy/. Próximo ao shopping Punta Carretas, esse hotel prima pela atenção aos detalhes e pela vista belíssima do rio da prata. O café da tarde traz alguns dos doces deliciosos e cheios de chantilly do famoso Oro del Rhin, ao som de boa música. Estou falando de jazz, é claro! Bom, muito bom mesmo.




E o Teatro Solís?
Ah, o Teatro Solís... Lindo! Reserva um carinho a mais aos turistas brasileiros com sua visita guiada em português, um privilégio que poucos países vizinhos nos concedem. Muita sorte foi estarmos na cidade durante a apresentação de um grupo de música celta, o Son de Sierra. Apesar de não ter sido na sala principal do teatro, a alegria da apresentação desse grupo nos contagiou por todo o resto da viagem. Mais uma surpresa inesquecível! 


Desde o Teatro Solis, passando pelo almoço no Mercado del Puerto, até a visita com almoço à Bodega Bouza, o acolhimento ao turista brasileiro é notável na capital Uruguaia.  Fomos embora com vontade de voltar ali muitas outras vezes!  

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

La Cumparsita (Gerardo Matos Rodriguez)

Teatro Solís


La Cumparsa de miserias sin fin desfila,
en torno de aquel ser enfermo,
que pronto ha de morir de pena.
Por eso es que en su lecho solloza acongojado,
Teatro Solísrecordando el pasado que lo hace padecer.





Abandonó a su viejita.
Que quedó desamparada.
Y loco de pasión,ciego de amor,
corrió tras de su amada,
que era linda, era hechicera,
de lujuria era una flor, que burló su querer
hasta que se cansó y por otro lo dejó.


Largo tiempo después, cayó al hogar materno.
Para poder curar su enfermo y herido corazón.
Y supo que su viejita santa,
la que él había dejado,
el invierno pasado de frío se murió



hall de entrada do Teatro Solís
Hoy ya solo abandonado, a lo triste de su suerte,
ansioso espera la muerte,
que bien pronto ha de llegar.
Y entre la triste frialdad que lenta invade el corazón
sintió la cruda sensación de su maldad.




hall de entrada do Teatro SolísEntre sombras se le oye respirar sufriente,
al que antes de morir sonríe,
porque una dulce paz le llega.
Sintió que desde el cielo
la madrecita buena 
mitigando sus penas sus culpas perdonó.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Esclarecendo: Finger Foods x Canapés

finger food



Finger Foods: 


Aperitivos para serem comidos com as mãos. Implica o movimento de pinça dos dedos da mão, daí a denominação.







Canapés: 


Pequenas fatias de pão, torradas ou fritas, incrementadas com cremes, frios, queijos, etc... Também dispensam o uso de talheres.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Música: Tons distintos


Linda! Linda! Linda!
Esse é o clip com o clima mais jazzístico dos últimos tempos: diferentes tons para a letra, a imagem e o som, mas com tudo junto ao mesmo tempo fica muito agradável.
Viva o Jazz!

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Adeus a Tom Sawyer

Terminar de ler um livro é sempre tão difícil. Não pela leitura em si, mas pela despedida. Por tantas noites suas aventuras foram minhas e alegraram meu coração. 
Já sinto saudades do Tom e do Huck...
Fica aqui, então, uma pequena homenagem com um diálogo em que Tom tenta convencer Huck a voltar:

"- Mas toda a gente vive assim, Huck!
 - Não me importo. Eu não sou toda a gente e não aguento aquela vida. É horrível vermo-nos assim amarrados e, mesmo sem querer, começa-se a resmungar. Desse modo já não me interessa a vida. Tenho de pedir licença para ir pescar; tenho de pedir licença para ir nadar; tenho de pedir licença para tudo; tenho de falar tão bem que só tenho vontade de ficar calado. Todos os dias vou um pouco para o sótão mascar fumo, senão morro, Tom. A viúva não me deixa fumar; não me deixa gritar; não me deixa bocejar, nem me espreguiçar nem me coçar diante dos outros...
Com um ar irritado, continuou:
 - O pior de tudo é que passa o tempo rezando. Nunca vi uma mulher assim! Tive de fugir, Tom, tive de fugir! Além disso, a escola vai abrir e vou ter de ir lá. Não suporto isso, Tom. Olhe, sabe? Ser rico não é tão bom como parece. Afinal, só se tem aborrecimentos e mais aborrecimentos a ponto de se desejar a morte. Esta roupa é que me fica bem, nesta barrica é que gosto de dormir, e nunca mais sairei daqui. Se não fosse o dinheiro, não teria passado por aqueles apuros, mas o melhor é guardar para você a minha parte e me dar de vez em quando alguma coisa; não muito nem muitas vezes, porque não preciso fazer grandes despesas. Vá procurar a viúva e peça-lhe que me faça isso.
 - Oh! Huck, bem sabe que não posso fazer o que me pede. Não é justo e, além disso, se experimentar por mais algum tempo, vai acabar por gostar.
 - Gostar? Muito! Tanto como se acaba por gostar de estar sentado em cima de um fogão aceso. Não, Tom, não quero ser rico e não quero viver nessas malditas casas onde me falta o ar. Gosto dos bosques e do rio, gosto de viver numa barrica e não estou disposto a deixar isso. O diabo que leve o resto!"


É genial ou não é?

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

H.P.L. (1890-1937)

 "The oldest and strongest emotion of mankind is fear, and the oldest and strongest kind of fear is fear of the unknown." 

sábado, 13 de agosto de 2011

prisão invejada

Sonho ruim é pesadelo.
Cavalos e porcos esculturados
animais vivos, sobrevivendo
aprisionamento contorcido
em suas formas e posições
no tempo estacionados

Grunhidos de puro sofrimento
Escolha própria e amor
a fome come o silêncio
Resiste
o corpo como limite
Relinchos são gritos de dor

Beleza pelo olhar do ignorante
leituras são todas verdades
No olhar ciente do outro, aceitação
Resiliência sob o do inconsciente
a vida se impõe ainda assim...
devaneios de realidades



terça-feira, 2 de agosto de 2011

Corrida em Brasília - coisa de super-herói!

Correr em Brasília é missão quase impossível nessa época de seca. Coisas simples como respirar ou manter os olhos abertos tornam-se complicadas demais.

corrida na secaAinda que durante a corrida o batimento cardíaco não suba, a baixa umidade provoca um cansaço absurdo, algo semelhante a uma falta de ar. E ao mesmo tempo que a pessoa ao correr sente necessidade de inspirar mais e mais profundamente, ela resiste. O ar passa rasgando pelo nariz e dói. Sangramentos nasais são mais comuns do que podia crer.


Os olhos também sofrem. Eles ficam ressecados com o vento ao longo do trajeto. A sensação é de pontadas agudas na mucosa, como se fossem pequenas alfinetadas no cantinho dos olhos. Úi!


Acho que nem é necessário comentar sobre a sede do corredor. Depois de inspirar 5 vezes esse ar candango, a boca já está completamente ressecada e os lábios idem. Nem beber água é suficiente nessa hora.


Não tem endorfina que compense tamanho mal-estar! Só sendo um super-herói para ter uma causa tão importante que justifique tanto sofrimento.



sábado, 30 de julho de 2011

A ação firma


Seu
      sonho
Meu 
      sim


Assim faremos
                  se assim quisermos


Promete que jura?
Juro que prometo.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A seca seca tudo!

A seca chegou com bastante força. Tudo ficando marrom e empoeirado. 
Calor e frio no mesmo dia: o sol machucando os ombros e a sombra provocando arrepios. Nuvens sentidas como alívio, ainda que só no céu.
seca
Sede constante e insaciável.
Já está difícil respirar. Dormir então, complicadíssimo.

O kit seca tornou-se essencial e sofisticado. Inclui desde protetor solar e boné para encarar as ruas, garrafinha d'água, óleo mineral e creme hidratante para a pele, até soro fisiológico para inspirar, colírio para enxergar e um condicionador leave-in potente para evitar o frizz nos cabelos. O umidificador de ar virou parceiro de cama.
A falta de umidade no ar cansa até o mais resistente.
Seguir? Só com outubro próximo no horizonte.

terça-feira, 28 de junho de 2011

The Witch (Shirley Jackson)

The Witch - page 33
'How old are you?' the man asked.

The little boy, at the eternal question, looked at the man suspiciously for a minute and then said, 'Twenty-six. Eight hunnerd and forty eighty.'

sábado, 28 de maio de 2011

Pérola...

... da Concisão:


Texto final de uma carta comercial:


"Certos da habitual atenção de V.Sa. para conosco, subscrevemo-nos com os elevados protestos de estima e alta consideração, deixando abaixo todos os meios de comunicação possíveis, através dos quais estaremos sempre ao seu inteiro dispor, no sentido de prestar quaisquer esclarecimentos adicionais que se fizerem necessários sobre o assunto."


o.O

sábado, 7 de maio de 2011

Só um registro...

Hoje é dia de celebrar!!

Pela primeira vez em meu sonho, morava aqui em Brasília e eu caminhava pelas quadras com a sensação de estar segura por estar perto de casa. 


Quase 9 meses depois, finalmente, mudei para Brasília...


 :-D

segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Tea Week": porque eu amo chá!

Essa é a minha "Tea Week"

  • chá branco com jasmim p'rá levantar o defunto; 
  • frutas do bosque geladinho, super refrescante depois da malhação; 
  • de menta com chocolate e um pingo de café com leite fechando a tarde; 
  • melissa com sabor flor de laranjeira morninho para ser embalada pelos anjos.


Viva a minha "Tea Week"!

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Precisa-se de um revisor de textos

pensamentos
...@#$%?!&
Pensamentos de todos os tipos: retos, tortos, pontilhados, circulares, reticentes... 
Sempre presentes, acompanham meus dias e me fazem companhia. 
Algumas vezes dialogam entre si, em um quase debate. Assisto compassivamente. 
Sinto a dor deles, eles me tocam, mas não os consigo tocar. 
São meus, já disse isso antes, apesar de não serem eu. 
Essa exteriodade interior...
Talvez eu aprecie mesmo essa multidão ainda que com sofrimento.  
Confortante Multidão Desconfortável!
Gozo!?! 
Está na hora de pontuar melhor esses discursos.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Em busca

34 léguas... e ainda falta tanto...
tanta gana assusta até o mais destemido.
Comovida por tanto otimismo, sigo na inércia aparente.
Nem se apertasse o botão do fast foward: o depois ainda não está pronto.
Onde está a minha bússola? 
Será impossível??
Será necessário apelar para o céu?
Haja fôlego para seguir desbravando outros caminhos.

NxS

sexta-feira, 25 de março de 2011

love



"All we need is love 
pa para rara
All we need is love
pa para rara
All we need is love love
Love is all we need"

quinta-feira, 24 de março de 2011

Tcham Tcham Tcham 
paraburáááá
Tcham Tcham Tcham 
paraburábaruuuu

zê zê ZÊ       ÓÓÓÓ!

Tchururu... 
Tchururu ruru...



domingo, 20 de março de 2011

Domingo à noite

Se eu fumasse, fumaria agora. Que pena que eu não fumo.

Se eu estivesse muito a fim de cerveja, tomaria uma agora. Na verdade, prefiro mate puro.

Se eu não estivesse de dieta, comeria algo gostoso agora. Mas ando meio enjoada de tudo.

Se a academia estivesse aberta, iria até lá dar uma corridinha. Chato estar chuviscando lá fora.

Se o meu time estivesse jogando bem, conseguiria me concentrar na TV. Cadê meu gol?

Definitivamente, uma noite entediante.

Pelo menos, amanhã é segunda.

o.O

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Saudade

claquete


Já não se encontravam há um tempo. Maior para ela do que para ele.


Depois de um longo e afetuoso abraço, sentaram-se no sofá.


Olhando para ele, perguntou: "Tem ido ao cinema?"


"Menos do que eu gostaria", respondeu o rapaz com uma expressão de lamento.


"E tem valido a pena?" - continuou.


Pensativo, retorna o saudoso olhar e suspira.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O sentido é estabelecido "a posteriori".

Como um mal-estar pode ser confundido com uma tristeza???


Passei o dia de ontem com uma tristeza na alma. Um sentimento aparentemente surgido do nada e relacionado a tudo e a nada ao mesmo tempo. Confuso, estranho. Sentia, só. Sentia só. Sentia-me só! Hummm... a solidão nunca foi uma estranha.


O estranhamento surgiu quando outras manifestações físicas apareceram. E aquilo que fora nomeado como um sentimento tornou-se uma sensação. Física. Estava doente. Estava não, estou. Levemente. 


"Da cabeça ou do pé?" - Boa pergunta. Porque pergunta boa é a sem resposta.


O assombro maior veio ao descobrir que minha mãe está, a milhas de distância de mim. Precisou de uma cirurgia. Mas, nada sério. Voltou para casa naquela mesma manhã. "Uma bobagem", ela disse. Depois. 


O silêncio que objetivou poupar-me de preocupações tolas só contribuiu para o equívoco. Meu sobre mim mesma.


Preocupa-me esse tipo de confusão. Mais uma vez o tempo se manifesta como fundamental para o entendimento. "Ex tunc".


Sigo no aguardo. 


dúvida

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os games libertam!

Estava pensando no propósito dessa minha onda de games retardados. E percebi o enfado que sinto de mim 
mesma. Tanto controle, tantos planos e estratégias para viver essa vida... Seria essa minha onda uma fuga disso tudo? Talvez, sob um certo ponto de vista. Mas, uma libertação por outro. Libertação do meu ser que não sou eu, mas é meu, com certeza.


Nessa mesma linha, vem o meu amor pela rotina. Não aquela rotina massacrante, onde as coisas são pesadas e feitas com muito sofrimento. Mas sim, a rotina libertadora. Aquela automática que, quando você percebe, já fez. A rotina liberta! Sim, definitely.


Quando comecei a minha monografia da pós, achava a repetição uma prisão. E que intrigante essa repetição! Compulsão à repetição era o tema da monografia, ou seja, repetir era enigmático mesmo. Daí, seguiu-se o sofrimento de repetir com as "minhas" palavras as coisas já ditas por outros autores, mais uma outra vez. Essa repetição enfadonha necessária para o título era o sofrimento. Resisti até o limite do relaxa e goza, quando a monografia realmente saiu no papel. Escrever dói, senti. E escrever de novo dói mais, senti no corpo.


Hoje, estou certa de que há uma forma de repetição libertadora. Essa repetição dos exercícios físicos, dos games. O sensório motor quando operante deixa o ser livre.


Viva a liberdade para ser o que se é!


Viva os games!! 


Já joguei hoje. Hummm...


Então, vou malhar.


Beijo tchau.