quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

corpo como limite

como última resistência,
um corpo a mim foi imposto
e ainda que a contra gosto
tento cooperar 


volume e peso, forma e tamanho,
qualidades que pioram a jornada
já tão atrapalhada
mais pareço não sair do lugar


de manhã, o desânimo me visita
a tarde é a vez da dor 
pela noite, chega o horror
e já não consigo respirar


angústia com letra minúscula,
para não ter de encará-la tão cedo
sim, sim, parece puro medo
covardia no corpo a se manifestar


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