sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Saudade

claquete


Já não se encontravam há um tempo. Maior para ela do que para ele.


Depois de um longo e afetuoso abraço, sentaram-se no sofá.


Olhando para ele, perguntou: "Tem ido ao cinema?"


"Menos do que eu gostaria", respondeu o rapaz com uma expressão de lamento.


"E tem valido a pena?" - continuou.


Pensativo, retorna o saudoso olhar e suspira.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

O sentido é estabelecido "a posteriori".

Como um mal-estar pode ser confundido com uma tristeza???


Passei o dia de ontem com uma tristeza na alma. Um sentimento aparentemente surgido do nada e relacionado a tudo e a nada ao mesmo tempo. Confuso, estranho. Sentia, só. Sentia só. Sentia-me só! Hummm... a solidão nunca foi uma estranha.


O estranhamento surgiu quando outras manifestações físicas apareceram. E aquilo que fora nomeado como um sentimento tornou-se uma sensação. Física. Estava doente. Estava não, estou. Levemente. 


"Da cabeça ou do pé?" - Boa pergunta. Porque pergunta boa é a sem resposta.


O assombro maior veio ao descobrir que minha mãe está, a milhas de distância de mim. Precisou de uma cirurgia. Mas, nada sério. Voltou para casa naquela mesma manhã. "Uma bobagem", ela disse. Depois. 


O silêncio que objetivou poupar-me de preocupações tolas só contribuiu para o equívoco. Meu sobre mim mesma.


Preocupa-me esse tipo de confusão. Mais uma vez o tempo se manifesta como fundamental para o entendimento. "Ex tunc".


Sigo no aguardo. 


dúvida

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Os games libertam!

Estava pensando no propósito dessa minha onda de games retardados. E percebi o enfado que sinto de mim 
mesma. Tanto controle, tantos planos e estratégias para viver essa vida... Seria essa minha onda uma fuga disso tudo? Talvez, sob um certo ponto de vista. Mas, uma libertação por outro. Libertação do meu ser que não sou eu, mas é meu, com certeza.


Nessa mesma linha, vem o meu amor pela rotina. Não aquela rotina massacrante, onde as coisas são pesadas e feitas com muito sofrimento. Mas sim, a rotina libertadora. Aquela automática que, quando você percebe, já fez. A rotina liberta! Sim, definitely.


Quando comecei a minha monografia da pós, achava a repetição uma prisão. E que intrigante essa repetição! Compulsão à repetição era o tema da monografia, ou seja, repetir era enigmático mesmo. Daí, seguiu-se o sofrimento de repetir com as "minhas" palavras as coisas já ditas por outros autores, mais uma outra vez. Essa repetição enfadonha necessária para o título era o sofrimento. Resisti até o limite do relaxa e goza, quando a monografia realmente saiu no papel. Escrever dói, senti. E escrever de novo dói mais, senti no corpo.


Hoje, estou certa de que há uma forma de repetição libertadora. Essa repetição dos exercícios físicos, dos games. O sensório motor quando operante deixa o ser livre.


Viva a liberdade para ser o que se é!


Viva os games!! 


Já joguei hoje. Hummm...


Então, vou malhar.


Beijo tchau.