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sábado, 24 de março de 2012

o encontro

Quando o vi pela primeira vez, ele me ignorou. Desviou o olhar e seguiu entretido com seus companheiros, em um parlatório animado e incompreensível. 

Perguntei sobre ele aos que estavam ali e me contaram histórias de dores e tristezas. Especulações sobre a origem de seu comportamento, pois as marcas em seu corpo serviam como pistas vagas demais.


Sua postura sugeria maturidade, apesar de ainda ser muito jovem. Havia aprimorado sua sabedoria instintiva na escola da vida. Provavelmente cursou um intensivão. Certamente era doutor em vida dura. O Doutor!


Ao me aproximar, fui minuciosamente avaliada por ele. Permitiu um contato físico propriamente dito: um abraço. Depois, um olhar. A lambida veio só para confirmar: havíamos nos encontrado!








quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

corpo como limite

como última resistência,
um corpo a mim foi imposto
e ainda que a contra gosto
tento cooperar 


volume e peso, forma e tamanho,
qualidades que pioram a jornada
já tão atrapalhada
mais pareço não sair do lugar


de manhã, o desânimo me visita
a tarde é a vez da dor 
pela noite, chega o horror
e já não consigo respirar


angústia com letra minúscula,
para não ter de encará-la tão cedo
sim, sim, parece puro medo
covardia no corpo a se manifestar


quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Ah... quanta saudade posso suportar?
Povoa o que sou, faz o corpo doer.
Palavras já não dão conta
Paralisia mental que me impede de escrever
Nostalgia rima com melancolia,
mas de pressão intermitente
Só sente o incompetente 
em lidar com esse mundo
Basta de não ser o bastante!
Pare por aqui por enquanto!
Por favor...